1. |
O Que Você Vê
02:36
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Olhe pra mim
Me diga o que você vê
Alguém que te acompanha,
Ou uma parte de você?
Já estou cansado
Só me deixe saber
Eu sou só mais um,
Ou algo a mais pra você?
Eu quis sair enquanto havia tempo
E agora eu já me apeguei
Ah, quem me dera saber diferenciar
Esse seu sorriso do amar
Quem sabe algum dia
Eu possa te decifrar
E entre os seus caminhos
Me encontrar
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2. |
Tormenta
03:17
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Dessa vez eu fiz tudo certo
Obedeci e você mandou
Mas algo não parece estar correto
Nada ainda melhorou
E agora vem você com esse jeito estranho
E diz que preciso ceder mais
Ai ai, um dia ainda vou pra bem longe
Morrer com a minha culpa em paz
E eu sei que posso ter me enganado
Naquela vez que te escolhi
Mas estava tão vistosa, naquela saia curta
Ah! Meu Deus, não resisti
E eu não sei agora o que eu mais faço
Pra você se acalmar
Tá bom, o erro foi meu
Me deixe agora trabalhar
Estou tranqüilo, pois fiz tudo certo
Falei de menos e ouvi demais
Ouvi sua história, seus dilemas,
Ouvi de tudo e um pouco mais
E agora vem você se alterando
Dizendo que eu não sei amar
Ai ai, um dia saio e levo as minhas coisas
E não mais terás a quem culpar
E eu sei que eu posso ter me enganado
Naquela vez que te escolhi
Mas estava tão vistosa, naquela saia curta
Ah! Meu Deus, não resisti
E eu não sei agora o que eu mais faço
Pra você se controlar
Tá certo, eu sempre estrago tudo
Me deixe agora descansar
Talvez eu possa ter me enganado
Naquela vez que te escolhi
Ou quem sabe o destino
Armou pra mim
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3. |
Privilégio
03:21
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Porque pressente o que há por vir?
E sempre prevê o pior?
Porque não espera, e vê...
Porque se prende na suposição?
O que me basta é a intenção
Vou vivendo assim, pra ver...
Ah, se eu soubesse
Quanto tempo ainda me resta
Será que algo me faria sorrir?
Ah, se eu pudesse
Antever cada choro e conversa
Alguém ainda me faria sentir?
Porque não tenta me surpreender?
Do amanhã já nem quero saber
Ansioso, assim, eu vou...
A vida é curta pra se privar
Do privilégio que é se espantar
Me soltando, assim, eu vou...
Me cansei da sua insatisfação
Se quer tanto saber por que não vive, então?
A vida é assim, esperar, consentir
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4. |
Ornamentos
01:49
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Veja quanto tempo
Você desperdiçou
Procurando um bom motivo pra tentar
Esperando uma causa nobre em que valha a pena se levantar
Veja quantas chances
Você ignorou
Aguardando um fim heróico pra provar
Que a vida só faz sentido enquanto o outro te admirar
Esqueça os seus méritos
Quem se importa com isso!
Ignore as aparências
Dê valor ao que eu digo
Ao contrário do que pensas
A beleza dessa vida
Está na brisa, nos amigos
Nos olhares, nos caminhos
Veja quantas noites
Você agoniou
Por não ser aquele que sempre sonhou
Por saber que atrás desse brilho o que resta é a dor
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5. |
Parece Que Perdi a Fé
02:36
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É... Parece que eu perdi a fé,
No coração
Ah! Agora só ouço a voz
Da minha razão
Arruinando o que de resto
Me sobrou da condição
De olhar com olhos cheios de afeição
Agora o que eu faço
Eu era tão sentimental
Penso mais um pouco, ou me entrego ao amor incondicional
Insisto em juras raras, ou me rendo ao casual
É... Parece que eu perdi a fé,
No coração
Ah! Agora só ouço a voz,
Da minha razão
Renegando o que, de fato
Dá sentido ao trivial
Logo eu, que sempre fui tão passional
E nesse descompasso
Me vem o "se" dessa questão
Resisto, enfim, airado ou fraquejo ao amor em sua própria razão
Venero o que é exato ou me dobro ao cordial
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6. |
Memento Mori
03:26
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Pode entrar
Não fique acanhado, não vou me esconder
Já faz algum tempo espero você
E agora não há motivos pra temer
Fique à vontade
Não seja apressado, vou me despedir
Sei que vou tarde, mas deixo aqui um mundo, enfim
Deixo e fico em paz
E agora que chegou
Será que entende a minha dor?
Abro a porta
E me rendo pra que possa me levar
Pode sentar
Seja educado, eu já vou ceder
Ao menos me diga onde vou percorrer
O que vai me mostrar, e agora o que eu serei
Estou de passagem, seja delicado
Pra que a pressão? Um último suspiro
E me dê sua mão, me conduz, enfim
Pra ver que tudo se foi
Pode vir, que já foi o seu tempo
A vida se faz assim
Confia em mim, só leve o que há por dentro
Vamos seguir pra onde sonhe e descanse em paz
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7. |
O Duelo
03:05
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Eu me desiludi
Com essa idéia de predestinação
Agora eu que traço o meu percurso
E hoje, eu vou na contramão
Não perca o seu tempo ao dizer
Que foi feita pra mim
Isso é o que nós vamos ver
O destino já não age mais por mim
Eu desacreditei
Nessa história de futuro pronto e fado
Hoje eu que dito as minhas regras
Não se assuste, pois sigo desregrado
Desista, nunca vai me convencer
Que meu livre-arbítrio é reduzido
Isso é o que nós vamos ver
O destino já não pode assim comigo
É assim, que agora vou guiar
Minha vida eu construo
Na incerteza e na vontade
E assim, o destino há de calar
E eu ainda hei de estar
No futuro que eu desenhei
Ao acaso, o acaso me encontrou
E agora eu já nem sou
Mais aquele que eu previa
Bem sei, quem me dera ter o dom
De domar a sensação
De que reino em minha vida
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8. |
De Mala e Cuia
01:48
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E agora, pro meu desespero
Ela chegou com mala, trouxe até travesseiro
Trouxe a escova, seu xadrez, alguns quadros pra pintar
Trouxe um sorriso e a vontade de ficar
E ainda, pro meu descontrole
Ela chegou com móveis, já prevejo os rumores
Trouxe o relógio de cozinha, o seu ferro de passar
E a certeza de que este é o seu lugar
E agora pro meu destempero
Ela trouxe as panelas, trouxe até cabideiro
Já chegou se espalhando, tomou conta do lugar
Trouxe doces e histórias pra contar
E ainda, pro meu pesadelo
Ela trouxe os seus sonhos, e o seu mundo inteiro
Já chegou fazendo planos, "Quando vamos reformar?"
Disse ainda que pensava em se casar
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9. |
No Bar
03:56
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Pois é, acho que perdi
Aquela nossa aposta
Parece que a moça não vai dar
Atenção pra mim
E agora meu amigo
Me dê a solução
Esqueci que era aposta e me rendi,
Virei refém da encenação
Pois é, parece que caí
Na minha própria armadilha
Eu me fiz de forte, mas a sorte
Não quis sorrir pra mim
E agora, bom amigo
Me diz o que eu faço
Esqueci que era um jogo, e me joguei
Criei esse embaraço
Ah, foi brincar e perdeu a razão
Pobre amigo ela lhe tem na mão
Não se deixe manipular
Ah, mas não pode ser assim tão ruim
Afinal se ela é tanto assim
Insista até ela se apaixonar
Pois é, parece que perdi
Aquela velha aposta
É claro que a moça não vai dar
Nenhum valor pra mim
E agora, caro amigo
Me mostre a direção
Quis me aventurar e fingi
Que dominava o coração
Ah, foi brincar e perdeu a razão
Pobre amigo ela lhe tem na mão
Não se deixe manipular
Ah, mas não pode ser assim tão ruim
Afinal se ela é tudo pra ti
Insista até ela se apaixonar
Se é assim que quer saber
O quanto vale o meu querer
Adeus!
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10. |
Inquietação
02:08
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Sei que não posso mais te ter
Não posso, nem sou capaz
De me perder
Nos meus sonhos com você
Quem algum dia irá dizer
Se o que não foi era pra ser
Vou levando
Esperando a redenção
Que ironia do destino
Você me iludir
E sair deixando rastro
Pra que eu possa te seguir
E não venha sugerir
Que o tempo vai curar
O amor sem pretextos
Não sabe esperar
Pra que tanta certeza
Se quem manda é o coração
Porque tanta vaidade
Saiba tudo isso é em vão
Eu, que já perdi minha inspiração
Me excedi na ilusão
Vou levando
Me esvaindo em aflição
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